quinta-feira, 31 de maio de 2012

Duas maneiras de usar sua notoriedade. Amazônia vira carvão

Acabei de ver o vídeo do Greenpeace sobre a paralisação de um navio no Maranhão que estava preste a levar 30.000 tonelada de ferro gusa. Nessa região, a Greenpeace observou que essa cadeia de produção não respeito as Terras Indígena, extraí madeira ilegalmente, utiliza-se de trabalho semelhante com o trabalho escravo.

A atora Q’orianka Kilcher, atriz que ficou famosa após interpretar Pocahontas segundo um artigo da Greenpeace Brasil, veio para ajudar Greenpeace. Lembrei que vi recentemente alguns atores Brasileiro vender sua imagem para propagandas de carros. Eu percebi que eu tinha identificado dois tipo de comportamentos de pessoas famosas, aquelas que usam sua notoriedade para fazer mais dinheiro com qualquer coisa como vender carro poluentes e pessoas famosas que utilizam a sua imagem para ajudar movimentos de proteção do meio ambiente. Parabéns Pocahontas!


Podem assistir ao vídeo:

imobilidade urbana da SETOP?

A SETOP é a secretária de transporte estadual do Espírito Santo. Ela criou recentemente um site de propaganda que mostra imagens e vídeos bonitas, sustentáveis e até com ciclistas, como nesse vídeo:



Nos projetos citados no vídeo temos ciclovias somente num pequeno trecho do corredor Leste-Oeste (2,7 km de ciclovia para 14 km no total, quem se responsabilizará em caso de ciclista morto no trecho sem ciclovia?). Na duplicação da avenida João Palácio que passa na frente do novo Shopping Mestre Álvaro, na Serra, onde trafegam muitos ciclistas em situação precária, desconfortável, sem dignidade, não está prevista ciclovia nenhuma ciclovia como podemos observar no anúncio oficial do início das obras no blog de mobilidade urbana do Estado do Espírito Santo.

Podemos citar outros exemplos de duplicação sem ciclovia em locais estratégico. Por exemplo, em Cariacica, um município muito carente em ciclovia e que aparentemente não sabe quantos quilômetros de ciclovia tem, a Rodovia José Sette que poderia dar mobilidade sustentável e não poluente a todos os cidadãos num eixo estratégico da cidade. Infelizmente esqueceram de incluir os ciclistas no pacote da duplicação que aparentemente não prevê ciclovia.

Parece mais que o Espírito Santo está trabalhando para excluir pessoas com o dinheiro do povo! Fazer uma ciclovia na hora de uma duplicação custa muito menos dinheiro do que fazer ela depois...

segunda-feira, 28 de maio de 2012

CYcle Chic in Vitória with Mikael Colville-Andersen

Today I decided I will post in English but I promise that the next post will be in Portuguese!
Thanks to Dora Alves, a famous bicycle stylist in Vitória, Mikael Colville-Andersen visited Vitória this week-end.

Mikael coined the term "Cycle Chic" wich turns bicycle into the "ultimate fashion accessory" as observed by the Guardian in an online article of 2008. Since then the cycle chic movement is growing very fast.

Wikipedia article shows us that Mikael is well a photographer, a bicycle advocate and an urbanist. He also started the Copenhaguize blog which already reached more than 2 millions visitors and is now visited by more than 2 thousands peoples per day! Mikael is the CEO of the "consultancy company Copenhagenize Consulting, which advises cities, towns and organisations about how to design and implement bicycle infrastructure and much more"...
 Mikael is very active in the world bicycle community and is promoting an exhbition The Good City - Visions for a City on the Move that will start a world tour in Copenhagen on 8th june 2012. That would be great if it can stop in Vitória too! Let see what we can try for that to happen!

Mikael recently launched the book "Cycle Chic". The Vix Cycle Blog points us to an online link where the book can be acquired.


Saiu também na imprensa:

CBN Vitória


sexta-feira, 25 de maio de 2012

Monitorar o ar em Vitória com #AirQualityEgg

apresentei no blog o projeto ar quality egg. Ele permite medir a poluição na cidade, medindo vários gases poluentes. Agora ele tem novos sensores para medir:
- poeira,
- ozônio,
- radiações beta e gama,
- compostos voláteis,

além dos gases NOx, CO2, da umidade e da temperatura!

Com isso, o pó de minério poderia ser medido!!

Fonte:
http://www.kickstarter.com/projects/edborden/air-quality-egg/posts/206514


Outros links:

O wiki http://airqualityegg.wikispaces.com/
Grupo de discussão http://groups.google.com/group/airqualityegg?pli=1
Onde comprar (não testei o site!): http://wickeddevice.com/index.php?main_page=product_info&cPath=28&products_id=108


Para medir partículas em função do tamanho com um laser (não é ainda incluido no Air Quality Egg):
http://www.dylosproducts.com/learnabout.html

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Bicicletada maio 2012 em Vitória!!

A bicicletada é o único movimento de Vitória que reivindica o desenvolvimento da rede cicloviária em Vitória. Tem que participar. Acontece a última sexta-feira de cada mês.


terça-feira, 22 de maio de 2012

Veto do prefeito contra a Coleta seletiva derrubado

É interessante ver que o nosso prefeito tinha colocado um veto contra a implantação da obrigatoriedade da coleta seletiva em Vitória. Esse veto foi derrubado pela Câmara Municipal de Vitória. Muito bem vereadores! Parabéns!



Em Vitória, os comportamentos mais sustentáveis ainda são raros. Esse tipo de ação pode ajudar a começar a sensibilizar as pessoas, iniciando eles a ter um pensamento mais ecológico...

Link para essa notícia no Blog do vereador Serjão:
http://www.vereadorserjao.com.br/noticias,2909,cmv_derruba_veto_ao_projeto_de_lei_que_determina.html

domingo, 20 de maio de 2012

Sobre educação no trânsito

No 24 de maio no encontro regional de psicologia social que aconterá na UFES. Vai acontecer uma Mesa Redonda às 10H, intitulada "Psicologia do Trânsito e Mobilidade". Um dos convidado é o professor Ms. Fábio de Cristo da Universidade de Brasília. Outras convidada é a mestre Andréia Nascimento que está cursando Doutorado na PPGP-UFES.


è interessante ver uma reflexão do professor Fábio de Cristo num artigo da revista aU. Ele analisa que sentimentos de autoestima, autonomia, proteção e prestígio fazem com que as pessoas usam o carro. Além disso ele diz que o hábito de dirigir carro é considerado uma barreira psicológica muito grande para a mudança de comportamento.

Isso me levou diretamente para a questão da educação no trânsito que aparentemente precisa ser melhorada ou intensificada nas escolas. O trânsito mata muitas pessoas no Brasil. São mais de 100 pessoas por dia morrendo no trânsito segundo esse artigo da folha Vitória que cita dados do ministério da saúde!

O blog educação para o trânsito com qualidade trata da educação no trânsito com muita inteligência. Recomendo a leitura da seguintes postagens desse blog:

Algumas diretrizes para nortear o desenvolvimento de trabalhos de educação para o trânsito:
http://educacaoparaotransitocomqualidade.blogspot.com.br/2012/02/educacao-para-o-transito-nas-escolas.html

Exemplos de cartilhas para promover atividades reflexivas:
http://educacaoparaotransitocomqualidade.blogspot.com.br/2012/04/legal-cartilha-sobre-etica-e-seguranca.html

Livro didático e educação no trânsito:
http://educacaoparaotransitocomqualidade.blogspot.com.br/2010/01/educacao-para-o-transito.html


Segurança no trânsito como tema transversal que possibilita trabalhar vários aspectos, como respeito, vida, saúde e outros:
http://educacaoparaotransitocomqualidade.blogspot.com.br/2009/11/o-transito-como-tema-transversal-nas.html



Sinais de avanços na questão das bicicletas elétricas

Desde meu artigo do 9 de maio intitulado a epopeia legislativa das bicicletas elétricas, parece que as coisas começaram a mudar. As coisas estavam paradas desde que o CONTRAN emitiu a sua resolução 315/2009 que considerou que a bicicletas elétricas não são bicicletas!
Depois da polêmica gerada pela apreensão de uma bicicleta elétrica em Copacabana. Parece inicialmente que o incidente era algo ruim para os usuários de bicicletas elétricas mas hoje, na verdade, parece que ele está acelerando as coisas.
A prefeitura do Rio de Janeiro reagiu extremamente rapidamente publicando um decreto autorizando as bicicletas elétricas nas ciclovias cariocas para mostrar o apoio claro da prefeitura a esses veículos elétricos que não poluem a cidade e não provocam engarrafamentos como podemos ler nesse artigo.
O DENATRAN estuda agora mudar a legislação a respeito das bicicletas elétricas, para equiparar elas as bicicletas comuns considerando algumas restrições. Uma dela seria uma velocidade máxima de 20 km/h o que é um pouco exagerado. Como escrevi numa postagem anterior, nos Estados Unidos a velocidade máxima das bicicletas elétricas é 32 km/h e na Europa é 25 km/h. Seria muito restritivo limitar a velocidade a 20 km/h. Sugiro que seja 25 km/h porque não sei se vai ser tão comum encontrar bicicletas com limite de velocidade 20 km/h. 25 km/h não é uma velocidade incompatível com a velocidade das bicicletas. A outra restrição é o uso de capacete. Eu acho bacana isso para bicicleta elétrica.

Finalmente, minha impressão é que isso está acontecendo por causa da conferência Rio+20 e que o Brasil não quer pegar vergonha na cara mas devemos reconhecer os esforços da prefeitura do Rio de Janeiro sem a qual nada provavelmente teria acontecido. Não costumo muito parabenizar políticos mas dessa vez quero parabenizar o prefeito Eduardo Paes que está fazendo muita coisa para as bicicletas, não só na suas cidade maravilhosa mas também tendo um impacto no Brasil inteiro.
Vamos aguardar as medidas efetivas que serão tomadas. Quero ver elas para acreditar!
Espero também que mais prefeituras normalizam o uso das bicicletas elétricas no seu município e em primeiro lugar no meu município. Vamos lutar para isso! Teremos justamente uma audiência pública sobre mobilidade urbana em Vitória no 25 de maio às 19H para trazer esse tópico para Vitória.




Coloco aqui o decreto do prefeito Eduardo Paes:
"O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais; e

CONSIDERANDO que, na forma do art. 225 da Constituição Federal, é dever do Poder Público estimular práticas ambientalmente saudáveis e sustentáveis;

CONSIDERANDO que a utilização de bicicletas elétricas tende a auxiliar na redução dos problemas enfrentados nas grandes metrópoles pela poluição sonora, causada por motores à combustão;

CONSIDERANDO que utilização de bicicletas elétricas, como meio alternativo de transporte, tem impacto ambiental extremamente reduzido, por se servir de fonte de energia limpa;

CONSIDERANDO a necessidade de reduzir a dependência de veículos alimentados por fontes de energia provenientes de combustíveis fósseis;

CONSIDERANDO que compete ao Poder Público Municipal, na forma do art. 24, inciso II, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, “planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos, de pedestres e de animais, e promover o desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas”;

CONSIDERANDO o disposto no art. 129 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, segundo o qual “o registro e o licenciamento dos veículos de propulsão humana, dos ciclomotores e dos veículos de tração animal obedecerão à regulamentação estabelecida em legislação municipal do domicílio ou residência de seus proprietários”;

CONSIDERANDO a singularidade da malha cicloviária existente na Cidade do Rio de Janeiro, com extensão superior a duzentos e setenta quilômetros, permitindo a ampla circulação de pessoas, tanto para fins de lazer como para fins de deslocamento da população;

CONSIDERANDO a necessidade de regulamentar a utilização de bicicletas elétricas no âmbito territorial do Município do Rio de Janeiro, observadas as especificidades e o interesse local, conforme autoriza o art. 30, I, da Constituição Federal;

DECRETA:
Art. 1º. Para fins de circulação em ciclovias, ciclofaixas e vias públicas, equiparam-se as bicicletas elétricas às bicicletas movidas a propulsão humana, cuja regulamentação específica deverá ser respeitada, desde que observado o limite de velocidade de vinte quilômetros por hora e que o ciclista possua idade mínima igual ou superior a dezesseis anos.

Art. 2º. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Rio de Janeiro, 4 de maio de 2012; 448º ano da fundação da Cidade.
EDUARDO PAES."

sábado, 19 de maio de 2012

Domingo, todos contra o novo código florestal em Vitória

Caros leitores, nesse domingo, 20 de maio de 2012 vai acontecer um ato público no quiosque 1 na praia do Canto (em Vitória) às 13H para defender as florestas, contra o novo código florestal. Não podia deixar de anunciar isso no meu blog!







Vai ser interessante a todo pontos de vista porque eu vou conhecer algumas entidades locais envolvida com a proteção do meio ambiente.

Anúncio do ato nos jornais:
http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2012/05/a_gazeta/minuto_a_minuto/1239691-manisfestacao-contra-novo-codigo-florestal-neste-domingo-em-camburi.html

sábado, 12 de maio de 2012

Debate sobre mobilidade urbana na ALES

Prezados leitores, no 16 de maio de 2012 está previsto um seminário para debater a mobilidade urbana na Grande Vitória na Assembleia Leglislativa. Precisamos de gente para defender a bicicleta como alternativa para o transporte em Vitória. Se você não quer que a mobilidade urbana se resume a mobilidade de veículos motorizados, aparece e fala! Precisamos de pelo menos 100 ciclistas presentes para apoiar quem vai falar de ciclovias!

Inscreva-se no evento no facebook e vai para assembleia ou fique em casa mas não chore depois se não se faz ciclovia na Grande Vitória:
Defesa do modal bicicleta no debate sobre mobilidade urbana na ALES




Algumas ideias que pretendo apresentar:

1) O maior problema de quem mora ou trabalha na Grande Vitória é o trânsito caótico. Em segundo lugar a violência.

2) A velocidade média dos carros em Vitória fica entre 22 e 27 km/h. Isso foi dado pelas estatísticas do meu carro no ano passado em Vitória para ir trabalhar num trecho favorável porque está contra o fluxo! Para quem mora em Cariacica ou Vila Velha e trabalha em Vitória, o calvário deve ser bem pior!


3) Só ônibus não resolve, precisa-se diversificar os meios de transporte.

4) Uma alternativa necessária é o modal bicicleta, um meio de transporte individual comlementar do transporte público que pode ser desenvolvido através da construção de redes cicloviárias: ciclovias, ciclofaixas, bicycle boulevard (rua compartilhada), paraciclos.

5) A combinação ciclovia e BRT deu certo em várias cidades pelo menos em Bogotá onde provocou a melhoria substancial do trânsito e a redução drástica da violência (dividiu também por 5 a taxa de homicídios).


6) O que falta em infraestruturas na Grande Vitória? 
    - completar as redes cicloviárias,
    - interligar as ciclovias entre município (nas pontes por exemplo),
    - dar manutenção nas ciclovias que frequentemente apresentam problemas graves (em Vitória: ciclovia da reta do aeroporto, trechinho de ciclovia na avenida Beira-Mar, por exemplo),
    - evitar elementos ruins como elevações em transições ciclovia/rua, lombadas altas de mais e curva fechadas como por exemplo na Orla de Camburi (simples de ser evitadas),
    - melhorar a drenagem e/ou o escoamento da água nas ciclovias, evitar poços de água nas ciclovias,
    - política de implantação de paraciclos públicos bons e simples tipo sheffield (ver o manual da ONG Transporte Ativo) em locais públicos, praia, perto de teatros, escola, universidades (São Paulo já tem lei para isso em Vitória só tem paraciclos no PDU mas isso dá em nada), definição de mecanismo para poder instalar paraciclos bons nas calçadas perto de comércios como já fez o município do Rio de Janeiro com uma resolução da secretaria de meio ambiente.
    - ensinar crianças a andar de bicicleta respeitando a lei,
    - incentivar o modal bicicleta nos alunos, incentivar a bicicleta nas escolas, implantar ciclovias até as escolas fazer "ônibus de ciclistas" com crianças em locais seguros com ciclovia.

7) Reconhecer os direitos dos ciclistas de andar nas ruas, nas ciclovias e ciclofaixa sem ter que desviar e em particular orientar os guardas de trânsito para multar carros estacionados nas ciclofaixas, multar motoristas que desrespeitam ciclistas como está sendo feito em São Paulo. Fazer com que os policiais levam a sério os ciclistas que acabaram de perder uma bicicleta durante um assalto. Ouvi recentemente um caso de uma conhecida que foi assaltada e não foi atendido com dignidade pela polícia que nem viatura mandou. Assim se cria uma rejeição profunda da polícia e das instituições em geral na população. Algo muito ruim para a relação cidadão-estado que deveria ser uma parceria.


8) Pressionar a bancada capixaba de Brasília para normalizar o uso das bicicletas elétricas que são importantes para ampliar o modal bicicleta. Existe um projeto de lei tramitando lentamente em Brasília. O Brasil está muito atrasado na questão da bicicleta elétrica em relação a outros Países (agradeço a MEG que lembro da importância das bicicletas elétricas num comentário!). Muita gente se recusa a andar de bicicleta por causa da questão da transpiração. A bicicleta elétrica permite se deslocar quase sem suar de manhã cedo e pode ser usado até por pessoa que não tem uma boa condição física.

Consequência desses investimentos?
    - menos trânsito que significa muito menos estresse,
    - mais votos nas próximas eleições,
    - mais eficiência para muitas empresas que perdem muito dinheiro por causa dos engarrafamentos,
    - mais reconhecimento da população de baixa renda, consequentemente mais respeito das instituições (ver o resultado em Bogotá),
    - melhoria da saúde de quem anda de bicicleta (até em bicicleta elétrica se for do tipo pedelec) e dos demais por causa da diminuição da poluição,
    - menos gasto para a cidade
        - menos manutenção de ruas. Bicicleta não estraga ciclovia, veículos motorizados sim. (um estudo da prefeitura de Copenhague avaliou que ganha 40 centavos por quilômetros andado de bicicleta e perde 20 centavos por quilômetros andado de carro  na cidade)
        - veículos motorizados emitem poluentes que causam danos de saúde pública
        - bicicleta não emite poluentes
        - veículos motorizados causam mais acidentes

        - ciclovias atraem turistas
        - ciclovias fazem com que as pessoas se exercitam mais e ficam mais saudável.


Esqueci algo importante? Vou desenvolver mais a medida que lembro de algo ou que recebo sugestões!

Posso falar também de alguns exemplo específicos:
    - falta de ciclovia no Centro de Vitória, o pior lugar para os ciclistas e para os motoristas? Porque não é feito uma ciclovia emergencial nesse local, bastaria aplicar as diretivas do PDU de Vitória: tirar as vagas de estacionamento de carro priorizando o transporte não motorizado.
    - Por quê não tem manutenção séria das ciclovias?
    - Será que precisamos esperar uma velocidade média de 15 km/h como em São Paulo para investir forte em ciclovia?
     - Precisa morrer quantos ciclistas para implantar um trecho de ciclovia? (3 ciclistas
morreram atropelados em Vitória em 2011, duas universitárias (folha Vitória) e um ciclista (gazeta online).

Ciclista atropelado pelo filho do Eike Batista

No 17 de maço de 2012, Thor, filho do Eike Batisa, atropelou um


O Thor já teve 40 na carteira e estava ainda em possessão da sua carteira!
http://odia.ig.com.br/portal/rio/thor-batista-coleciona-carros-e-40-pontos-na-carteira-1.421205

E 11 outros pontos estão  na justiça
http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/thor-batista-nao-teve-carteira-suspensa-apos-excesso-de-multas/
Foto do ciclista atropelado:


Não foram publicados foto da bicicleta do ciclista, só encontrei o selim que também não resistiu ao impacto violento:




Thor Batista foi agora indiciado por crime doloso, quando não há intenção de matar segundo um artigo do portal globo. A perícia avaliou que a velocidade do carro era de 135 km/h na hora do choque. No local o limite de velocidade máxima é de 110 km/h. Os advogados contestam o laudo dos peritos que utilizou as leis de Newton e alegam que só pode ser usado o método de Searle para chegar a bons resultados. Ele publicou isso no artigo "THE TRAJECTORIES OF PEDESTRIANS, MOTORCYCLES, MOTORCYCLISTS ETC FOLLOWING A ROAD ACCIDENT". Não consegui abaixarmas parece que na página do livro bicycle acident reconstruction for the forensic engineer a partir da página 145.


quarta-feira, 9 de maio de 2012

A epopéia legislativa das bicicletas elétricas

O Brasil é talvez o último país que não modificou suas leis para criar a nova categoria de veículos, as bicicletas elétricas. Será que a sexta potencia do mundo vai ser a última a fazer essa lei? Vamos ter mais polêmicas como aconteceu no Rio onde uma bicicleta elétrica foi apreendida e o ciclista multado?
Bicicleta elétrica apreendida no Rio


De fato, o que aconteceu para que as bicicletas elétricas estejam atualmente consideradas ciclomotores?

Na verdade essa ideia absurda surgiu na resolução 315 do CONTRAN. Qual foi a justificativa para tomar essa decisão absurda? Foi considerado "o crescente uso de ciclo motorizado elétrico em condições que comprometem a segurança do trânsito". A Associação Brasileira de Veículos Elétricos já tinha pedido modificação da resolução 315 do CONTRAN mas nada foi mudado até agora. Sem esperar a esfera federal, a prefeitura do Rio já publicou um decreto equiparando as bicicletas elétricas com bicicletas tradicionais.

Como os outros países ja fizeram lei para as bicicletas elétricas anos atrás, basta copiar e adaptar elas a realidade brasileira ou até fazer melhor. Seria extremamente fácil. A Europa já definiu as bicicleta elétricas em 2002 na diretiva europeia 2002/24/EC que define o seguinte para as bikes elétrica:
1) assistência elétrica somente se a pessoa estiver pedalando (tem uma exceção para velocidade menor do que 6km/h para quais não precisa pedalar para ter assistência). Esse sistema é chamado PEDELEC
2) assistência do motor até a velocidade máxima de 25 km/h
3) potência máxima de 250 watts.

Se eu não estou enganado (perdi a referência), atualmente a Europa está discutindo para permitir que a potência passa de 250 para 350 watts para poder manter uma velocidade maior nas subidas mas guardando o limite de 25 km/h.

Nos Estados Unidos, uma bike motorizada precisam respeitar as três regras seguintes para ser considerada e-bike:
1) assistência do motor até 32 km/h
2) potência máxima de 750 watts
3) Precisa ter pedais funcionais mas não precisa-se pedalar para acionar o motor.

Eu realmente prefiro a norma Europeia que obriga as pessoas a pedalar. Mesmo se as pessoas não precisam forçar, elas vão movimentar as pernas podendo fazer um esforço mínimo que é excelente para a saúde do ciclista e para emagrecer. Eu sou testemunho disso. Graça a minha bicicleta com sistema PEDELEC, eu voltei a me sentir melhor e comecei a emagrecer. Hoje estou usando frequentemente uma bike sem assistência para ir trabalhar. Eu já tinha feito muita bicicleta mais novo mas eu estava com problema no joelho... A bicicleta elétrica também pode ser além de algo positivo para a saúde pública, uma transição para as pessoas voltar a usar bicicleta sem assistência elétrica com eu.
Para terminar eu considero que as bicicleta elétrica com o sistema PEDELEC são bicicleta de propulsão híbridas e não podem ser consideradas ciclomotores e não se enquadram na resolução 315 do CONTRAN. Pelo menos será minha defesa se um guarda de trânsito me para!

O projeto de lei 7129/2010 do Deputado Arolde de Oliveira ainda está aguardando o parecer na Comissão de Viação e Transportes (CVT). No início esse PL já vai estar comemorar um ano nas mãos dessa comissão que realmente não tem muita pressa!

Deve ser uma lei muito complicada para demorar tanto? Vamos ver ela:

Art. 1o Esta Lei inclui dispositivo na Lei no 9.503, de 23 de
setembro de 1997, para desobrigar as bicicletas, tanto movidas a propulsão
humana quanto a motor elétrico, do registo e do licenciamento.
Art. 2o O art. 129 da Lei no 9.503, de 1997, passa a
vigorar acrescido do seguinte parágrafo único:
“Art. 129. .............................................................................
Parágrafo único. Não estão sujeitos a registro e
licenciamento as bicicletas movidas a propulsão humana
ou a motor elétrico.” (NR)

 Uma lei verdadeiramente muito difícil de analisar... Infelizmente é claro que a lei é muito deficiente porque ela não especifica nenhum limite de velocidade potência mas ela tem o mérito de existir.

Será que a presidente Dilma, se ela tem alguma componente do seu pensamento que tem algo ver com a palavra sustentabilidade, poderia fazer um decreto como fez o prefeito do Rio para acelerar as coisas e já equiparar logo bicicleta elétricas com as bicicletas não motorizadas? Eu acho que está precisando disso porque após o decreto do prefeito do Rio, o DENATRAN contesta o decreto do prefeito do Rio em uma nota: "Segundo o órgão federal, quem circula com esse tipo de transporte sem habilitação, licenciamento e placas de identificação ou com placa sem condições de legibilidade e visibilidade comete uma infração gravíssima, como previsto no artigo 230 do Código Brasileiro de Trânsito (CTB), incisos IV e V. A penalidade aplicada é de multa e apreensão do veículo."

sexta-feira, 4 de maio de 2012

A energia elétrica do Espirito Santo é a mais suja do País?

O Atlas Eólico do Espírito Santo revelou dados interessantes sobre o Espírito Santo. Um dado interessante é a matriz de energia elétrica que já discuti em um artigo anterior. Na época em que foi feito o Atlas Eólico do Espírito Santo, em 2009, 60,3% da energia elétrica do Espírito Santo já era produzida por termelétricas. A capacidade total de geração de energia elétrica era de 1.167MW. 



Em 2010 foi instalado uma termelétrica em Linhares com potência de 204MW, passando a matriz. Passando a ter uma matriz mais suja ainda!

Agora o projeto antigo de termelétrica da Vale em vitória que começou em 1999  se tornou público. Foi feito uma audiência pública (artigo na Gazeta-online) para dar uma falsa cara de escolha democrática. Infelizmente não pude participar dessa audiência pública.
Segundo o artigo da Gazeta online, a potência seria de 600 MW. Se eu não perdi muitas novas termelétricas, isso corresponderia a um aumento de quase 50% da capacidade de produção de energia elétrica no Estado.

Com essas duas novas termelétrica, a matriz de energética elétrica do Espírito Santo seria ainda mais suja com cerca de 77% de energia elétrica totalmente não renovável, produzida por termelétricas.

Enquanto o Brasil continua com uma matriz bem mais limpa com 65% da sua energia produzida por hidrelétricas (link no site da ANEEL):




Fontes:
http://www.aspe.es.gov.br/atlaseolico/es_infra.htm
http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2010/12/730282-usina+termeletrica+a+gas+natural+e+inaugurada+em+linhares.html

http://www.nuca.ie.ufrj.br/livro/capitulo3/termeletricas.htm