sábado, 19 de abril de 2014

Mais velocidade na BR 101 vai dar mais ou menos engarrafamentos?

A velocidade das laterais a BR 101 vai ser aumentada no município de Serra. A notícia já era anunciada há algum tempo. Poucos reclamaram.  Agora já está decidido, saiu na gazetaonline: http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2014/04/noticias/cidades/1483450-limite-de-velocidade-nas-vias-laterais-da-br-101-sera-de-60-km-h-ate-o-final-de-abril.html

Será que isso vai melhorar o fluxo dos carros no horário de pico? Há muitas dúvidas! Aumentar a velocidade aumenta frequentemente o tempo perdido nos engarrafamentos no horário de pico. Os carros chegam mais rápido nos pontos de engarrafamentos e trava mais... Não há nenhuma dúvida que essa medida vai excluir mais os ciclistas com essa velocidade maior.

O que dá certo? 

Como assim? Os Franceses reduzem a velocidade no horário de pico para melhorar o trânsito. Como eles sabem que isso funciona? Eles medem o fluxo de carro. Que coisa bacana! Aqui, não funciona assim. Os motoristas reclamam dos engarrafamentos e do limite de velocidade. Ela é aumentada por gestores que não conhecem o assunto e não é medido o fluxo de carro para ver se dá certo. Infelizmente, provavelmente não vai dar certo se é feito o contrário lá fora onde estudem seriamente essas questões...A folha de São Paulo tem justamente um artigo falando sobre a redução de velocidade na França e que fala sobre isso. Vamos estudar antes de tomar medidas excludentes?
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/11/1375637-franca-reduz-velocidade-maxima-quando-detecta-lentidao-a-frente.shtml

Além disso, aumentar a velocidade pode provocar o aumento dos acidentes e como podemos ver ao buscar imagens da BR 101 na Serra no Google, a coisa já está bem feia.


Imagens sobre BR 101 na Serra no Google.



5 comentários:

  1. Em 10 de setembro de 2013, Chris Thompson publicou no YouTube um vídeo chamado “Speed kills… your pocketbook“, algo como “Velocidade mata… a sua carteira”. No vídeo, com base em estudos científicos da área de psicologia de trânsito, o autor explica que os limites de velocidade artificialmente baixos da sua Província, British Columbia, não resultavam em mais segurança e acabavam apenas servindo para arrecadação. Isso acontece por que quando os limites impostos são artificialmente baixos os motoristas continuam dirigindo dentro de uma velocidade que eles entendem como seguras. Além disso, segundo Thompson, com limites de velocidade mais adequados à realidade, os policiais podem se concentrar em patrulhar rodovias onde há mais acidentes, em vez de vigiar motoristas infringindo limites artificialmente baixos. O vídeo levou as autoridades canadenses reverem e aumentarem os limites de velocidade de algumas rodovias da Colúmbia Britânica.

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    1. A questão que levantei não é de segurança mas de trânsito nesse caso. A BR101 já tem velocidade de 80 km/h ali mas as laterias estavam com 40 km/h e foram para 60 km/h. Se discutiu na imprensa que isso foi feito para "melhorar o trânsito" mas de fato ninguém verificou isso depois. Ali a área é urbana e as laterais também podiam ser usadas por ciclistas mas agora com 60 km/h ficou mais perigoso para eles também. Os motoristas vão andar 80-90 km/h em vez de 50-70 km/h. Vai excluir mais os ciclistas. Em termo de acidente entre carros, eu acho que 60 km/h não seria demais se tivesse uma ciclovia ao lado mas infelizmente. Ela não existe. Obrigado pelo vídeo parece muito bem feito.

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  2. No Rio Grande do Sul o limite de velocidade nas rodovias federais está sendo revisto, em razão do cumprimento da sentença prolatada na ação Civil Pública nº 2001.71.03.000508-2/RS, proposta em 21/03/2001 pelo Ministério Público Federal em face do extinto DNER - Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (sucedido pelo DNIT - Lei 10.233 de 5 de junho de 2001) e da União Federal. Nesta fase de execução, dentre outras providências, a Justiça Federal em Uruguaiana - RS acolheu parcialmente o laudo pericial judicial para manter o limite máximo de velocidade atual de 80 km/h para os veículos que trafegarem na BR 472 e elevar a velocidade máxima, nos trechos atualmente sem sinalização ou com limite de 80 km/h, da BR 290, compreendidos entre os municípios de Uruguaiana e Alegrete, até o limite do município de Rosário do Sul, da seguinte forma: a) 100 (cem) quilômetros por hora para automóveis, camionetas e motocicletas; na forma do art. 61 da lei 9.503/97 com a redação dada pela Lei nº 10.830, de 2003; b) 90 (noventa) quilômetros por hora, para ônibus e microônibus, na forma do art. 61 da lei 9.503/97 e c) mantidos os limites de 80 oitenta quilômetros por hora, para os demais veículos, na forma do art. 61 da lei 9.503/97.

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  3. Recentemente governo britânico adotou os limites de 20 milhas por hora (mph), equivalente ao limite de 30 km/h, propostos pela União Europeia em zonas de alto adensamento urbano e residenciais para melhorar a segurança no trânsito, mas o resultado foi exatamente o inverso. Porém, o número de acidentes graves nessas áreas aumentou 26%, e o de acidentes leves aumentou 17% em relação a 2013. Curiosamente, nesse mesmo período houve redução geral de acidentes em áreas onde os limites permaneceram 30 e 40 mph, equivalente a 50 e 60 km/h, respectivamente.O levantamento foi feito pelo Institute of Advanced Motorists (IAM) uma entidade não-governamental dedicada as questões de segurança no trânsito com mais de 100.000 membros no Reino Unido e na Irlanda.

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    1. O parâmetro importante parece ser as diferenças de velocidade entre os usuários.

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